domingo, 18 de outubro de 2009

I Confecom Canoas: Acesso restrito à internet e publicidade governamental em debate no segundo painel



12:11 - quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Douglas Flor, diretor de comunicação da Universidade Luterana do Brasil, afirma que um dos principais alvos de discussões da conferência é o futuro profissional de jornalismo, que continua no meio acadêmico. Para ele, a mudança nos currículos forma hoje um técnico no assunto, mas pouco preparado para discutir em sociedade. “Os acadêmicos, como um todo, são fissurados em laboratórios e tecnologia, mas não gostam do conteúdo. Me preocupo muito com isso”, destaca.

Ele lembra que no passado, as reportagens questionavam o sistema social, o que não acontece hoje, salvo raras exceções. “Os profissionais de hoje têm tendência a ser generalistas, com pouca leitura sobre a sociedade”. Sobre a acesso da internet no país, Douglas afirma que a disponibilização da rede é um tema prioritário em conferências como estas. “Já avançamos em algumas coisas, mas não adianta falar sobre internet, por exemplo, quando poucas comunidades têm acesso a esta ferramenta”.

Já o Secretário de Segurança Pública e Cidadania de Canoas, Alberto Kopittke, afirmou que outro tema importante a ser levantado, principalmente na conferência nacional, é a distribuição da publicidade por parte do governo, que hoje ocorre na proporcionalidade da tiragem do veículo ou através da medição do veículo no Ibope. “A Revista Veja, por exemplo, tem maior proporção de verbas do que outras revistas menores. Isso acaba fomentando o monopólio, já que para ocorrer uma boa disputa de mercado, é preciso que exista igualdade de condições”, ressalta.

Cris Weber

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