A psicóloga Ivarlete Guimarães de França apresenta neste momento o painel “Qualidade do conteúdo X Garantia de distribuição”, o terceiro desta I Conferência Metropolitana de Comunicação – Etapa Canoas. Abordando uma linha do tempo sobre a evolução histórica do jornalismo, a conferencista lembrou os principais fatos do jornalismo e mostrou porque os meios de comunicação devem ser democratizados. “Todos têm direito à informação”, resume. Para ela, é necessário que os monopólios sejam quebrados e que se abram outras possibilidades, sem que uma força política através de uma emissora, esteja sempre tentando dominar a outra. “A comunicação é uma das áreas que não possui democracia. Falta liberdade de expressão à sociedade, para maior pluralidade de expressões”. Ivarlete abordou as novas tendências globais, como a reestruturação do sistema de comunicação submetida ao controle público. “É preciso desenvolver a cultura através da mídia e lembrar que a capacitação dos cidadãos, através da comunicação comunitária, promove grandes mudanças na sociedade. Se a população for produtora destas propostas de mudanças e abordar sua própria linguagem com os demais integrantes de uma comunidade, o interesse popular prevalecerá”. A psicóloga abordou ainda a subjetividade da comunicação, onde há um espaço íntimo do sujeito (mundo interno) como aquele que se relaciona com o mundo social. “Este processo será fundamental pelo comportamento adquirido, através do estímulo que a sociedade recebe. Os conteúdos absorvidos serão determinantes para formar opiniões”. Assim, a especialista analisa que a interpretação dos fatos, do ponto de vista dos interesses, acaba tornando 'mentiras repetitivas' em 'verdades cristalizadas'. “Um exemplo disso foi a cobertura do protesto dos professores em frente à casa da Governadora Yeda Crusius. Ficou parecendo que eram todos arruaceiros, mas poucos veículos abordaram a necessidade de mudanças radicais na educação, como crianças estudando em contâiners”. Ivarlete concluiu a exposição afirmando que “todos devem aprender a criticar o que é despejado diariamente pela mídia”. Cris Weber |
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