por carlos — Última modificação 19/10/2009 16:59
Na tarde deste sábado, dia 17, acadêmicos, autoridades e comunidade em geral tiveram a oportunidade de debater teses relevantes para mudanças na comunicação local e nacional
Primeira mesa de apresentação das teses
Com início às 13h49 a 1ª Conferência Municipal de Comunicação realizada na Escola Cardeal Roncalli, em Frederico Westphalen, trouxe para o conhecimento coletivo ações que podem ser feitas na área do jornalismo, relações públicas e educação. A abertura do evento teve a presença de autoridades como o Prefeito José Alberto Panosso e o Presidente da Câmara de Vereadores Lauro Chielle que proferiram as primeiras palavras.
Primeira mesa de apresentação das teses
Com início às 13h49 a 1ª Conferência Municipal de Comunicação realizada na Escola Cardeal Roncalli, em Frederico Westphalen, trouxe para o conhecimento coletivo ações que podem ser feitas na área do jornalismo, relações públicas e educação. A abertura do evento teve a presença de autoridades como o Prefeito José Alberto Panosso e o Presidente da Câmara de Vereadores Lauro Chielle que proferiram as primeiras palavras.
Em seguida o Professor Luciano Miranda, do curso de Jornalismo do Cesnors/UFSM, explanou sobre o tema “Introdução ao Direito à Comunicação democrática no Brasil”, contando brevemente a história do assunto no país.
Dando continuidade a Conferência foi formada a comissão de avaliação com a participação da Secretária de Educação e Cultura do município, Sirlei Rossoni, o Professor de História Leonardo da Rocha Botega e o Professor Doutor Cássio Tomaim, do curso de Jornalismo do Cesnors/UFSM.
Ao todo oito teses foram defendidas em 15 minutos cada.
Divididas em duas fases a primeira mesa avaliou quatro propostas, defendidas por estudantes do curso de Jornalismo e pela professora do curso de Relações Públicas, Jaqueline Kegler.
A primeira tese representada por Bruna Molena, estudante do 2ª semestre de Jornalismo tratou de reafirmar a necessidade de formação acadêmica para o exercício do jornalismo, baseada na decisão do Supremo Tribunal Federal que retirou a exigência do diploma. Jaqueline Kegler, professora, defendeu a existência de profissionais da área de Relações Públicas na comunicação de instituições públicas, em especial no poder legislativo, trazendo o alarmante dado de que nas mais de 400 cidades do Rio Grande do Sul, apenas quatro delas possuem relações públicas no quadro de funcionários.
A estudante Fabiane Paza, do 4º semestre de Jornalismo, representou a tese “A especialidade do exercício da liberdade de manifestação do pensamento e informação”, propondo a criação de uma lei especial para os casos de direito de resposta, levando em conta que quando é dada uma informação errada pelos veículos de comunicação o impacto na vida da vítima é de grande proporção e esta deve ser levada em conta no momento da punição.
Encerrando a primeira mesa de teses, a estudante Melissa Resch, defendeu a proposta que mais levantou polêmica, com o título “O conselho do contraditório da comunicação social ou o Ministério Público da instituição midiática ou o ombudsman coletivo e democrático”. Nesta tese, todo meio de comunicação seria obrigado a dar 5% do seu espaço para as diferentes e múltiplas visões da sociedade.
No fim desta primeira parte o público pode demonstrar seu apoio ou preocupações com relação às propostas até então apresentadas e principalmente perceber a importância do debate.
- É uma forma de dar voz a democracia e levar nossos estudos, idéias a nível estadual. Isso é bem interessante para o nosso trabalho como estudante e como pesquisador na área do jornalismo - comentou Fabiane Paza.
- É uma forma de dar voz a democracia e levar nossos estudos, idéias a nível estadual. Isso é bem interessante para o nosso trabalho como estudante e como pesquisador na área do jornalismo - comentou Fabiane Paza.
Na segunda mesa formada, quatro teses foram defendidas, todas por professores do Cesnors/UFSM. A primeira proposta foi da coordenadora do curso de Jornalismo, Cláudia Herte de Moraes, que visa ampliar o acesso dos jovens a cultura e a equipamentos, com maior investimento em projetos culturais nas grandes e pequenas cidades, tanto na área rural quanto urbana.
O coordenador do curso de Relações Públicas, José Antônio Meira trouxe a tese mais apoiada pelos presentes, intitulada “Um computador por cidadão”, ele mostrou com exemplos de países como a Finlândia que é possível criar uma rede sem fio de internet em todo território brasileiro e provou por cálculos que com pouco investimento (R$ 40,00 por mês) é possível que cada cidadão tenha seu netbook com boa configuração.
Já em outra linha de pesquisa, a professora Caroline Casali defendeu a área da educomunicação, propondo que os futuros professores tenham nas suas grades curriculares uma disciplina de educomunicação que os sensibilizem para uma recepção crítica da mídia. Por fim, o professor Luciano Miranda propôs uma maior efetividade das produções independentes.
A cada final de mesa foi votada a aprovação de cada tese, resultando em total aprovação, com menor ou maior apoio. A 1ª Conferência Municipal de Comunicação foi caracterizada pelos debates francos entre os participantes com grandes contribuições e críticas construtivas.
- O mais importante dessa conferência é colocar em pauta as necessidades no campo da comunicação e da cultura em nível municipal. No debate cada um traz seu conhecimento, sua visão de mundo, muitas vezes distintas e que ajudam a construir uma idéia plural para um acordo comum a ser levado para o nível estadual – disse o Presidente da comissão avaliadora, Professor Cássio Tomaim.
Nos pronunciamentos finais ficou clara a formação de uma nova parceria entre os projetos dos cursos de Comunicação do Cesnors e a Secretaria de Educação e Cultura. Parceria confirmada com as palavras das suas representantes.
- Me senti em casa e descobri a abrangência que o jornalismo pode ter – relatou a Secretária Sirlei Rossano.
- Mesmo que a Conferência não tenha outro resultado, já tivemos esse ganho na idéia de incorporar os projetos ao ensino municipal – concluiu a coordenadora Cláudia Moraes.
Para as próximas edições da Conferência a estudante Fabiane Paza sugere que haja uma maior participação dos estudantes e o acadêmico Angelo Lorini acredita que deve aumentar a divulgação do evento fora da comunidade universitária. Para o Professor Cássio Tomaim, faltou a presença da comunidade frederiquense.
Para as próximas edições da Conferência a estudante Fabiane Paza sugere que haja uma maior participação dos estudantes e o acadêmico Angelo Lorini acredita que deve aumentar a divulgação do evento fora da comunidade universitária. Para o Professor Cássio Tomaim, faltou a presença da comunidade frederiquense.
- Senti falta da participação da população com propostas na área de comunicação e cultura. O pessoal da rádio Comunitária, da rádio Luz e Alegria, dos jornais da cidade devem participar para que não fique somente no âmbito da academia – argumentou Cássio.
Letícia Costa – Assessoria de Imprensa do Cesnors/UFSM – Da Hora
Letícia Costa – Assessoria de Imprensa do Cesnors/UFSM – Da Hora
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